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Prefeito de Porto União promove audiência pública e apoia federalização da Uniuv


Dando sequencia aos debates com a comunidade sobre a possibilidade de federalização do Centro Universitário da Cidade de União da Vitória (Uniuv), o prefeito de Porto União, Renato Stasiak, presidiu na noite de quinta-feira, a segunda audiência pública com o Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), e Reitor da Unespar, Alípio Leal. A primeira ocorreu no dia 20 de dezembro de 2010, em União da Vitória, ocasião em que foram apresentadas as características de atuação dos Institutos Federais do Paraná (IFPR). Naquele momento, Alípio Leal desempenhava a função de Reitor do IFPR, e explanou sobre as intenções do governo federal com relação à expansão do ensino técnico pelo Brasil e também sobre a possibilidade de transformação da Uniuv em instituto federal.


Aproveitando a vinda a União da Vitória para a inauguração de uma ala nova da Fafiuv, e fazendo parte da equipe de governo de Beto Richa, e responsável pela Seti, Leal veio cumprir a promessa assumida em dezembro, de realizar uma audiência pública em Porto União.


A ansiosa plateia formada por moradores, estudantes, professores, políticos e representantes de diversas entidades, ouviu com atenção as explanações e opiniões a respeito da pauta em questão. Renato Stasiak presidiu a sessão passando a palavra ao prefeito de União da Vitória, Carlos Alberto Jung, o Juco, que relembrou o trabalho feito até o momento e reforçando a intensão da prefeitura em colaborar com o processo de transformação. “União da Vitória tem todas as condições de oferecer um ensino público e gratuito para população e nós contamos com o apoio da comunidade, dos nossos deputados e do nosso governador”, disse Juco.


Em seguida, foi a vez do Reitor da Uniuv, professor Jairo Vicente Clivatti, que falou sobre o papel da instituição ao longo desses 37 anos de atividades no ensino superior, atendendo dois estados e dois municípios simultaneamente. “A Uniuv é incentivadora desse sonho e esperamos que ele aconteça. Estamos fazendo a nossa parte e queremos que o desejo das nossas cidades se realize”, disse o reitor, acrescentando que, hoje, cerca de 40% dos estudantes da instituição residem no estado de Santa Catarina.


Valderley Sanches, diretor da Fafiuv manifestou apoio integral, por conhecer a história da Uniuv e também por acreditar na possibilidade de um desenvolvimento maior da região. “Indiferentemente de vivermos em dois estados e duas cidades ao mesmo tempo, o modelo de educação é um só e a federalização vai suprir as necessidades dos estudantes que em muitos casos não possuem condições financeiras. O futuro do ensino superior da região sul depende da federalização da Uniuv”, emendou Sanches.


O Secretário Alípio abriu seu pronunciamento a respeito da possibilidade de federalização de maneira bastante enfática. “Lembro-me da Constituição e do direito à educação”, exclamou. Explicou como surgiram os institutos federais e como foram implantados pelo Brasil. Fez uma introdução do funcionamento da instituição e de como o governo federal vê as necessidades de implantação e diversificação de cursos técnicos para a formação de mão de obra especializada pelo Brasil afora. “Estamos importando pedreiros”, disse Leal, numa alusão as necessidades de qualificação de operários do setor de construção civil.


Continuando as explicações sobre qual seria o trâmite legal para uma possível federalização, citou a Uniuv como uma referência de ensino superior no estado do Paraná e de como ela vem sendo cobrada a oferecer cursos gratuitos. Afirmou que é preciso integrar e unir as três esferas de governo para se iniciar uma discussão em Brasília e apresentar a proposta com o apoio dos diversos municípios e entidades do sul do Paraná e planalto norte de Santa Catarina, aproveitando “o novo momento da educação no Brasil”.


Alípio explicou novamente que das 16 unidades de IFPR que tinha para implantar quando ele era Reitor, restavam duas e que uma delas seria em União da Vitória. A outra já foi implantada no município de Sarandi, próximo a Maringá e Londrina, região que não possuía nenhuma escola técnica, reafirmando as possiblidades de União da Vitória ainda conseguir uma unidade do IFPR.


Contou também que esteve em contato com o Deputado Federal e Secretário de Desenvolvimento Sustentável de Santa Catarina, Paulo Bornhausen, que manifestou apoio integral no processo, se colocando à disposição para auxiliar no que for preciso.


“Nós precisamos dar continuidade ao trabalho iniciado ainda no mês de dezembro de 2010, e cobrar do Governo Federal que pretende instalar Institutos Federais em cidades com mais de 50 mil habitantes. União da Vitória se encaixa nesse perfil e tem a Uniuv que já oferece o ensino técnico com o colégio e o ensino superior com o Centro Universitário”, explicou Leal.


Enfatizou que esse assunto não pode ser tratado com uma questão política de um partido e de outro, mas que a união entre todos é o mais importante nesse momento e a federalização da Uniuv seria uma das formas de contribuir para amenizar a carência técnica sofrida pelo país hoje.


O Secretário também citou o caso da federalização do Unics/ Palmas, episódio em que os professores foram demitidos. Relatou que lá o quadro pertencia a uma iniciativa privada e que no caso da Uniuv é por concurso público. Didaticamente explicou sobre a forma de extinção do quadro com padrão federal e que gradativamente serão substituídos na medida em que forem deixando a instituição.


Quando foi aberto o espaço para perguntas, uma mãe de aluna questionou sobre prazos e quando efetivamente aconteceria a federalização. “Não podemos colocar prazo no trabalho do ministro, mas vamos propor uns 90 dias para trabalharmos com a movimentação das entidades e municípios”, respondeu Leal.


O presidente do Diretório Acadêmico da Uniguaçu, acadêmico do décimo semestre de direito, perguntou de que forma podem contribuir e quais os procedimentos a serem tomados, independente de questões partidárias.


“O movimento estudantil tem papel fundamental na questão educacional do Brasil, desde os tempos da ditadura, e agora temos que nos mobilizar para fazer acontecer. Precisamos deixar de ser acanhados”, incentivou Alípio.


Para o Reitor da Uniuv, Jairo Vicente Clivatti, a reunião foi bastante positiva. “Acho que a vinda do Secretário da União da Vitória demonstra que há uma preocupação com o futuro do ensino superior da região e que os governos estão interessados do desenvolvimento dela, independentemente de partidos, estados ou municípios diferentes”, conclui.

por: UNIUV

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