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Retirada de lixo do rio revela falta de conscientização ambiental
No sábado, 4, teve início às 12h30, a segunda edição do Projeto Rio Limpo, promovido pelo Curso de Engenharia Ambiental da Uniuv, em parceria com diversas empresas e organizações dos municípios de União da Vitória e Porto União. O local de concentração foi o Parque Ambiental Ary Queiroz, e a chuva que ameaçava cair desde o início da manhã, não intimidou os participantes que coletaram a surpreendente marca de 1,5 toneladas de entulhos das margens do Rio Iguaçu, no trecho do perímetro urbano. A retirada foi feita por meio de 15 embarcações que armazenavam em “bolsões” e em seguida encaminhavam a pesagem e carregamento, feitos por máquinas do Grupo Hobi.
Para a Coordenadora do Projeto Rio Limpo e Coordenadora do Curso de Engenharia Ambiental da Uniuv, Lisandra Kaminski, os trabalhos desse ano foram mais organizados embora a poluição tenha sido maior. “A determinação de roteiro para onde os barcos deveriam seguir agilizou a coleta, o que permitiu aumentar a quantia de lixo recolhido. Mas, acredito que a população está poluindo mais, sim, pelos relatos dos voluntários que estavam nos barcos, a quantidade de lixo nas margens é muito grande e, infelizmente, ainda ficou muita coisa por lá. Isso reflete a falta de conscientização ambiental da população que encontra no rio a forma mais fácil de se desfazer do lixo que produz”, comenta.
Uma situação preocupante é o fato de que é grande a probabilidade dessa poluição ser basicamente local. “Dificilmente um resíduo sólido como garrafas pet, plásticos, papel, utensílios em geral, conseguem ser arrastados pela correnteza por muito tempo, a tendência é que eles parem nos barrancos ou fiquem presos em galhos. A maioria do lixo encontrado fica próximo às casas da população ribeirinha”, completa Lisandra.
Cerca de 50 voluntários entre acadêmicos de vários cursos, embarcações e da comunidade em geral envolveram-se no projeto, além de 11 empresas privadas e quatro instituições públicas.
Algumas orientações básicas podem ser seguidas e promovidas pela sociedade, entre elas, não jogar lixo nas ruas, rios ou outros locais que não sejam apropriados. A coleta seletiva deve começar em casa com a separação do que é orgânico e o que é reciclável. A educação pelo exemplo pode ser uma das maneiras mais eficientes de influenciar crianças, familiares e vizinhos.
O objetivo maior do Projeto Rio Limpo é o de sensibilizar a população para que ajude a preservar o meio ambiente, evitando a poluição e despertando a atenção para a situação precária em que se encontra o Rio Iguaçú. “Os resultados mostram dois lados: o positivo e outro negativo. O Positivo é que existe, hoje, uma tonelada e meia a menos de lixo no rio. O negativo é que isso significa que a população continua dispondo resíduos de forma inadequada, já que a coleta do ano passado foi feita nos mesmos trechos”, revela a Coordenadora do projeto.
No parque também havia postos de coleta para lixo eletrônico (televisores, computadores, componentes, eletrodomésticos), coletados pela empresa parceira ECOVALE. Também foi recolhido óleo de cozinha usado e que dava direito a um sabão multiuso feito a partir do reaproveitamento dessa matéria prima, resultado de um projeto integrante do Programa de Iniciação à Pesquisa Acadêmica (PIPA) desenvolvido pelo curso de Engenharia Ambiental da Uniuv.
A programação também ofereceu atividades de recreação e entretenimento com a apresentação de bandas locais, oficinas, torneios esportivos, alimentação, entrega de mudas, orientações odontológicas, medição da pressão arterial e exposições das empresas parceiras.
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por: Divulgação
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