Notícias

Inicial 9 Notícia 9 ARTIGO – Runny Tepper e o Segredo do Graal

ARTIGO – Runny Tepper e o Segredo do Graal

Um jovem formado em Letras pela Fafi de União da Vitória, pessoa criativa, resolve escrever uma história cujo enredo cria um clima de espionagem e intrigas fascinantes para o leitor adolescente, em que o papel principal de detetive é exercido por uma garotinha chamada Runny Tepper, cujo tio Sherman possuía a Agência de Detetives Archer.

O pseudônimo literário escolhido é Scott Mandersen, e o título da obra, Runny Tepper e o Segredo do Graal. Foi publicada pela editora Juruá, em 2008, que, para aceitar os originais, pediu o aval da Academia de Letras do Vale do Iguaçu. Daí que na capa consta a logo da Alvi.

Para se ter a idéia do conteúdo, basta citar alguns títulos de capítulos: Uma noite perigosa; O namorado da prima; A agência Archer; O roubo no Museu de Arte Moderna; O cavalo Escalador; Em apuros no Jóquei Clube; O calabouço; O pêndulo do terror.

Os fatos ocorrem num subúrbio tranqüilo de Nova York, casa 99 da Melkin. É interessante notar como o autor conhece seus prováveis leitores, construindo um mundo verossímil para sua trama.

Para que se percebam o estilo e suspense, segue um parágrafo do primeiro capítulo:

“A verdade, entretanto, é que na Melkin muito pouco se sabia dos Tepper. Ignorava-se até mesmo que Anna era loura e que Tomas tinha os cabelos vermelhos como fogo, uma vez que ambos usavam tinturas pretas, desde o primeiro dia que pisaram por lá. Meses depois que chegaram à rua, os Tepper tiveram uma filhinha, na qual colocaram o nome de Runny. […] nem de longe se podia supor que os Tepper escondiam um grande segredo.”

O retorno dessa publicação por parte dos leitores e da própria editora tem sido positivo, de tal forma que o escritor já escreveu boa parte da continuação, certo de que haverá o “quero mais”.

Seu estilo é rico em detalhes, numa linguagem simples, com algumas gírias atuais, capaz de capturar o leitor e arrastá-lo sempre mais, até sentir-se um detetive, com os demais, que ganham vida, à medida que se lê. “Aqui… está percebendo o corte reto da lâmina nas fibras? Isto é um corte feito num único golpe. Quem estava escondido aqui tem muita habilidade com facas…”

Nessa obra o Graal não é a taça, mas um livro que teria sido escrito por Cristo e protegido através dos séculos, esperando a segunda vinda dEle, quando revelaria todas as verdades ali contidas. E os descendentes da família Tepper, desde a Idade Média, haviam sido seus protetores, até que há doze anos, sumira o precioso livro.

Quantos escritores em potencial há em nossas cidades? Parabenizamos Scott por haver realizado seu sonho. E, como é escrevendo que se aprende a escrever, o volume dois será ainda melhor.



*Mestre em Lingüística Aplicada, membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi), professora de Língua e Literatura nos cursos  de Secretariado Executivo e Comunicação Social, e presidente do Conselho Editorial da Uniuv.



Esclareça suas dúvidas. Mande sugestões para esta coluna pelo e-mail prof.fahena@uniuv.edu.br



Esse texto foi originalmente publicado na coluna Questões de Estilo, da edição impressa nº. 1.987, e na edição on-line nº. 487 do Jornal Caiçara, de 21 de março de 2008.

por: UNIUV

Shares

0 comentários

Categorias

Arquivo