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ARTIGO – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP)



A Academia Brasileira de Letras publicou a 5.ª edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, VOLP, pela Global Editora (2009).

Traz a lei e decretos do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990), bem como a lei anterior (1971) e comentários importantes à compreensão dessa longa história de conversações entre Brasil e Portugal sobre a língua comum. Com isso, a Língua Portuguesa deixa de ser um idioma com dois sistemas ortográficos oficiais, que era um entrave a seu prestígio e difusão entre as nações. No dizer da comissão, “reflete a maturidade lingüística e política a que chegou a comunidade lusófona.”

O VOLP lembra que não e quase, por não serem prefixos, não são casos de emprego do hífen: não agressão, não violência, não intervencionista, quase estrela, quase paróquia, quase delito.

Também ressalta que a queda do acento nos ditongos ei e oi, em paroxítonas, como assembleia, ideia, jiboia, não inclui palavras que obedecem a alguma outra regra de acentuação, como as terminadas em –r e –n. Ex.: destróier, gêiser, herôon. Herôon, na Grécia antiga, era um templo ou monumento funerário erguido em honra a um herói.

A resposta às dúvidas sobre os adjetivos pátrios referentes a nomes de cidades formados de mais de uma palavra, estão ali registrados. Assim, temos: porto-unionense, porto-vitoriense, campo-novense, campos-jordanense, cruz-machadense, são-mateusense, entre outros.

Com a colaboração dos consulentes do VOLP e do programa ABL responde, essa publicação aperfeiçoou seu universo lexical e oferece informações sobre possíveis dúvidas quanto às novas normas.

No final da obra há umas páginas dedicadas a palavras estrangeiras de uso comum, como briefing, diet, feeling, origami, treflon, upgrade, zoom. E, a seguir, uma lista de abreviaturas, algumas delas em duas ou mais formas, fruto de uma coleta de dados ampla, em livros publicados em português, no século XX.

Para General, encontramos G.al e Gen. (Gal. Significa Galego); para Colégio emprega-se Col. e Col.º; para Município, Mun. ou M. Também, uma mesma abreviatura pode ser aplicada a várias palavras. Inf. pode representar infante, infantil, inferior, infinitivo, infinito, infixo. Deve-se ter o cuidado de evitar ambiguidades, nesses casos.

Constatamos ,ainda, algumas abreviaturas de nosso interesse, como: Mestre – M.e ;

Mestra – M.a; Bacharel em Filosofia – Ph.B.; Doutor em Filosofia – Ph.D.

É um dicionário diferente, cujo enfoque não é no significado dos termos, mas em sua grafia, para ser consultado quando a dificuldade aparecer.



*Mestre em Lingüística Aplicada, membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi), professora de Língua e Literatura nos cursos  de Secretariado Executivo e Comunicação Social, e presidente do Conselho Editorial da Uniuv.

Esclareça suas dúvidas. Mande sugestões para esta coluna pelo e-mail prof.fahena@uniuv.edu.br

Esse texto foi originalmente publicado na coluna Questões de Estilo, da edição impressa de 24 de julho de 2009, do Jornal Caiçara.

por: UNIUV

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