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Até logo, professora Fahena

Um dia em que as palavras faltaram ou que não foram suficientes para representar a grandiosidade da professora Fahena Porto Horbatiuk. Todas as pessoas que trabalham, que tiveram a oportunidade de ter aula, que participaram de seus projetos e que tiveram a felicidade de conhecê-la, aos poucos estão se despedindo da amada professora.


 


Na tarde de ontem, 11, não foram funcionários, alunos, reitores e pró-reitores, foram amigos que singelamente homenagearam Fahena, no Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv). O salão de eventos foi preenchido de apenas um sentimento: amor. Amor a uma pessoa que dedicou a vida ao ensino, a transmitir carinho e atenção a todos que sempre a procuraram para pedir ajuda, conselhos, uma palavra de incentivo.


 


Para o Reitor Alysson Frantz, falar da Fahena é falar de um exemplo de ser humano. “Para dizer algo sobre a Fahena, eu tenho que fechar os olhos e voltar a ser criança, com essa ingenuidade de uma criança, da pureza de uma criança. Assim, talvez eu possa quiçá falar alguma palavra que venha a sua grandiosidade. Uma grandiosidade de alma, de espírito, de ser humano”, relata.


 


Seriam horas e horas para relembrar e contar tudo que a professora fez não só pela Uniuv, mas por todos os lugares em que trabalhou e desenvolveu projetos que contribuíram muito com nossas cidades. Citando um versículo da Bíblia, Padre Abel Zastawny, homenageou sua grande amiga. “Como é bonito ver um mensageiro correndo pelas montanhas, trazendo notícias de paz, boas notícias de salvação. Foi isso que a Fahena fez aqui em União da Vitória durante todos esses anos. O que ela fazia? Levava boas notícias, levava bons conselhos, levava para onde ela estivesse uma mensagem de alegria, uma palavra de entusiasmo, incentivo”, exalta.


 


Em nome da Pastoral Universitária, do Ministério Universidades Renovadas da Diocese de União da Vitória e dos grupos de orações de todas as faculdades, a acadêmica Evelyn Solareviski agradeceu Fahena por todos os momentos que puderam compartilhar juntos. “A senhora é um ótimo exemplo de vida a seguirmos, mulher dedicada, forte, temente a Deus. Sempre disposta, sempre nos ouvindo e nos orientando. Professora Fahena, eu diria que você deixaria um vazio em nossos corações, mas com tanta coisa que a senhora fez e nos ensinou estamos com os corações muito mais cheios agora do que antes de a conhecermos. Nós amamos você”, diz.


 


O Vice-Reitor, Lúcio Passos, emocionado, disse apenas três palavras em homenagem a Fahena. “Eu te amo”. A emoção tomou conta de todos, mas a professora Angela Farah, demonstrou todo seu sentimento e dos professores da instituição, revelando a principal característica da homenageada. “A professora Fahena consegue olhar para as pessoas e ver coisas que nem elas sabem que elas têm. Capacidades que nem elas sabem que tem. Ela consegue olhar para as pessoas, ver o que elas têm de melhor e respeita isso. Ela não pede para a pessoa ser mais do que ela é, pede para a pessoa ser aquilo que ela luta para ser, pois sabe como é difícil ser o que se é e ela valoriza isso a cada instante”, expressa.


 


Jairo Vicente Clivatti, primeiramente pede desculpas à professora. “Hoje é difícil. Difícil porque vou falar de uma pessoa que marcou a minha vida, de minha família e de muita gente. Uma pessoa que inicialmente tenho que pedir desculpa, pelo egoísmo de fazer quase que uma chantagem emocional de pedir para ela ficar na instituição mais um pouco, mesmo sabendo que a senhora tinha a necessidade de avançar na sua vida. Falar da sua vida profissional, eu nem sei como, retratar todo o trabalho que a senhora fez pela sociedade, de todo seu trabalho aqui dentro da Uniuv. As ações da Fahena na Uniuv nunca foram profissionais, todas as suas ações sempre tiveram amor e carinho”, conta.


 


Desde o momento em que Fahena descobriu que seria homenageada já estava muito emocionada. Quando começaram as falas, fotos, vídeos, poesia, não havia como conter as lágrimas de emoção, com tudo que havia sido preparado para se dar um dos últimos abraços. “Sempre gostei de estar em sala de aula, estar com meus alunos. Dar aula é a melhor coisa da vida. Eu também estou triste, sofrendo por sair da Uniuv, por deixar meus amigos. Mas vou levar todos vocês comigo, cada rostinho, cada história”, revela a professora Fahena.

por: Thaina da Cruz

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