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Uniuv inaugura Galeria de Arte José Nelson Dissenha

No final de 2013 o Centro Universitário de União da Vitória recebeu um presente grandioso: quatro telas e três croquis de autoria da artista plástica Helga Will Silva que contam a história do desenvolvimento das cidades de Porto União (SC) e União da Vitória (PR).


Imediatamente após tomar ciência da imponência do gesto, o Reitor da Uniuv, Jairo Vicente Clivatti, determinou a elaboração de um espaço adequado para as obras que agora passam a integrar o acervo da instituição. O espaço foi instalado no piso superior da biblioteca e na noite de quarta-feira, 26, foi entregue à comunidade com uma justa homenagem a um dos homens mais importantes para a história da Uniuv, o empresário José Nelson Dissenha. Para quem conhece a trajetória de luta e desenvolvimento da instituição, que este ano completa 40 anos de atividade, sabe da importância em se preservar obras de arte de tamanho valor cultural para a população da região.


A professora e Pró-Reitora de Extensão e Cultura da Uniuv, Fahena Porto Horbatiuk, uma das idealizadoras e incentivadoras da galeria, conta que este era um sonho de muitos anos. “Aqui, no coração da universidade, que é a biblioteca, ficará preservada nossa história”, disse.


Explicando o processo de criação, a artista revelou que foi um longo trabalho de pesquisa e paciência para representar com exatidão a mesma paisagem com tanta diferença de tempo entre uma e outra (1905, 1935 e 2000). As telas são vistas muito parecidas, feitas de cima da Ponte Machado da Costa, a partir da reprodução de fotos antigas. Porém, a última delas, a mais recente (2000), foi tomada pela própria artista. “Fiz a foto em um dia em que o rio estava muito calmo, um verdadeiro espelho d´agua”, conta Helga. Durante o processo de revelação para os preparativos, ouviu do fotógrafo o testemunho da vontade dele de fazer uma imagem como aquela e não ter conseguido.


Helga contou rapidamente pequenas passagens sobre o Coronel Araújo Marcondes, já que uma das telas que integram a galeria é uma representação de sua antiga casa de frente para o rio Iguaçú.


Em seguida chegou o momento de descobrir e revelar ao público presente a riqueza natural das cidades representadas e agora em exposição permanente aberta ao público.  De um lado a artista, do outro, o homenageado. Ao cair o tecido o que se viuu, diante dos calorosos aplausos, foi uma emocionada reação ao constatar seu nome junto aos quadros. “Nunca imaginei tanta beleza junto ao meu nome”, exclamou José Nelson Dissenha.


“É uma homenagem sem precedentes, pois o senhor Nelson é um dos grandes lutadores para que a Uniuv se tornasse o que é. Em suas visitas esporádicas à instituição, sempre procura saber como estão as coisas. Eu imagino o quanto foi difícil há 40 anos atrás criar uma instituição pública. A Uniuv tem um carinho muito grande pelo senhor e saiba que temos orgulho em contar com a responsabilidade da guarda desse acervo maravilhoso”, agradeceu o Reitor.


Em seguida, Dissenha recebeu o carinho dos filhos, netos e das pessoas presentes.


José Nelson Dissenha e a Uniuv


As maiores dificuldades no início dos anos 1970 para que uma instituição de ensino superior começasse a funcionar em União da Vitória eram o espaço físico e a biblioteca. Pouco espaço e praticamente nenhum acervo. Moacir de Mello comentou em reportagem feita em 2012 da noite em que trabalhavam até tarde para encontrar uma saída para tais problemas, com Roberto Cyro Correa e João Farani Mansur Guérios, quando foram interrompidos por José Nelson Dissenha, que, bem humorado, perguntou se faziam hora-extra.


Ao saber qual era a pauta, prontificou-se a ajudar e no dia seguinte entregou um cheque assinado, em branco, para que fossem adquiridos os livros para a biblioteca que leva o nome de seu pai: João Dissenha. “Esta é uma passagem da história que merece ser lembrada sempre”, afirma Melo.


Exposição Permanente


As obras ficarão em exposição permanente e a Galeria é aberta ao público nos horários de funcionamento da instituição, localizada no piso superior da biblioteca.   


 


 

por: Lúcio Passos

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