O auditório da câmara de vereadores de União da Vitória lotou na tarde da segunda-feira, 20, para que a população da cidade e da região tomasse conhecimento de um dos assuntos mais importantes do momento: a federalização do Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv). A sessão foi aberta e presidida pelo prefeito Carlos Alberto Jung (Juco) que de imediato contou como aconteceram as primeiras reuniões em Brasília e também o porquê da escolha da Uniuv como possibilidade de incorporação pelo Instituto Federal do Paraná. “Me encontrei com o Reitor do Instituto em Brasília e disse a ele que o município tinha uma escola pronta para receber uma unidade do Instituto”, disse Juco. A escola a que o prefeito se refere é o Colégio Universitário (Coltec) e a Uniuv.

Criada a expectativa com as primeiras frases de Juco, fizeram uso da palavra o Reitor da Uniuv, professor Jairo Vicente Clivatti, que ampliou um pouco mais a apresentação da pauta da reunião falando sobre a importância de cursos gratuitos para a comunidade e qual o papel da instituição que dirige nesse processo. “Como instituição de ensino superior pública a Uniuv vem desempenhando um trabalho de fundamental importância para os municípios da região sul do Paraná e planalto norte de Santa Catarina. A possibilidade de implantação de cursos gratuitos é uma realidade muito próxima. Nós temos toda a estrutura física para oferecer e esperamos que a comunidade apoie essa iniciativa do governo federal”, comentou Clivatti.

A federalização de uma Fundação Municipal envolve um trâmite burocrático e político, por isso, o debate com autoridades envolvidas e da área da educação, rendeu expectativas e comprometimento diversos segmentos da sociedade.

O prefeito de Porto União, Renato Stasiak, declarou apoio incondicional à possibilidade de federalização e afirmou que buscará apoio com líderes catarinenses. “Porto União será parceira nesse processo que vai ajudar também os catarinenses. Vamos buscar apoio político com nossos representantes para tornar possível o sonho de muitos estudantes”, declarou Stasiak.

Nelson Padovani (PSC), deputado federal eleito, e com boa votação no município e proximidades, fez uso da palavra para garantir empenho e dedicação para que o processo de federalização se concretize. “Eu tenho um compromisso com a população de União da Vitória e vou honrar cada voto recebido aqui e em toda região. Meu gabinete estará aberto para essa discussão e tantas outras quais sejam necessárias”, garantiu.

A explanação mais esperada da tarde foi a do Reitor do Instituto Federal do Paraná (IFPR), professor Alípio Leal que fez um discurso direto e objetivo, sobre os benefícios acadêmicos e tecnológicos oferecidos pelo Instituto. Inicialmente foi feita a apresentação de dois vídeos institucionais e em seguida como se dará o processo de incorporação, formas de gestão educacional e expansão do ensino superior.

União da Vitória e o crescimento imediato da educação superior

“O que posso garantir inicialmente é o crescimento imediato da Uniuv”, afirmou o reitor do IFPR. Numa prospecção inicial a possibilidade de funcionamento em três turnos prevê o atendimento a uma demanda de 6 mil alunos, num curto espaço de tempo. “Nós viemos aqui debater com a sociedade e dizer que temos duas unidades para implantar em 2011 e outras 16 até o final de 2012. União da Vitória está na frente das outras cidades porque tem uma estrutura pronta”, categorizou Leal. O professor Alípio comprometeu-se ainda em conversar pessoalmente com o Ministro da Educação, Fernando Haddad, e dizer a ele que tem duas fichas e que “uma delas aposta em União da Vitória”.  Aplaudido pela colocação, ele deu seqüencia às explanações sobre a estrutura e funcionamento do instituto e logo abriu para questionamentos e debate com os presentes. O reitor revelou ainda que há  a possibilidade de início das atividades já como instituição federal em agosto de 2011.

Cursos gratuitos e a situação dos professores atuais

Aberto o espaço para perguntas a primeira a ser feita foi sobre a gratuidade dos cursos que a partir da incorporação deixam de ter mensalidades cobradas em todas as instâncias, tanto do ensino médio quanto no ensino superior. Os alunos regularmente matriculados e sem pendências anteriores estarão livres das mensalidades assim que a federalização ocorrer. “Os alunos matriculados para dar sequência as séries seguintes ou que acabaram de ingressar pelo vestibular, ficarão livres das mensalidades”, explica o vice reitor e presidente da comissão de vestibular, professor José Pedro Ramos.

A segunda questão foi feita pelo vereador Jair Brugnago sobre a situação dos professores atuais. Se a incorporação acontecer os professores continuam sendo servidores municipais, mas cedidos para o governo federal e poderão  continuar atuando dentro do Instituto. Na medida em que forem abrindo vagas, por meio de concurso, os professores podem ingressar e, aprovados, passam a fazer parte do padrão federal.   A questão ainda deve ser debatida novamente com o corpo docente, prefeitura e câmara de vereadores para que não fiquem dúvidas em relação ao processo.

Saiba mais sobre o Instituto Federal do Paraná pelo site (www.ifpr.edu.br)

por: UNIUV