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Acadêmicos de Engenharia da Uniuv visitam indústria de papel

 

Neste sábado, dia 18, trinta e um acadêmicos de Engenharia Ambiental e cinco acadêmicos de Engenharia Industrial da Madeira visitaram a unidade de Três Barras – SC da Rigesa. A empresa é subsidiária da MeadWestvaco Corporation e atua desde 1942 no Brasil, com duas fábricas de papel, cinco fábricas de embalagens de papelão ondulado e duas fábricas de embalagens de papel cartão. Possui 54 mil hectares de terras e seus 19 escritórios de vendas e representantes comerciais estão estrategicamente localizados em todas as regiões do País. Emprega mais de 2.300 funcionários e ocupa o segundo lugar no mercado nacional de papelão ondulado. A MeadWestvaco, com operações em mais de 29 países, é reconhecida pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade e gerencia suas florestas em conformidade aos mais elevados padrões internacionais de certificação florestal.

A ênfase da visita foi na observação de um sistema interno de gerenciamento de resíduos, entre eles, efluentes líquidos e material particulado, originados ao longo do processo de produção do papel.

“A visita à Rigesa nos mostrou uma empresa que preza pela responsabilidade e o cuidado com o meio ambiente. Nela, vimos como ocorre o processo do papel, desde a retirada de matéria-prima até a comercialização do produto, com destaque para os cuidados com os resíduos gerados”, afirma Ricardo da Fonseca, acadêmico do 4º período de Engenharia Ambiental.

Com a visita, foi possível analisar uma das várias áreas de atuação em que estaremos inseridos: o desenvolvimento de sistemas de gerenciamento ambiental de resíduos de atividades poluidoras, o que inclui projetos e estudos de impacto ambiental, planejamento, monitoramento e avaliação da qualidade ambiental, entre outros.

Na unidade de Três Barras, encontra-se uma Divisão Florestal que desenvolve um importante passo no uso de novas tecnologias, para o aumento da qualidade genética das sementes de Pinus.

A produção de papel Kraft-liner é de 660 ton/dia. Durante a produção são gerados cerca de 32m3/ton de papel de efluentes e a geração de resíduos sólidos corresponde a aproximadamente 3600ton/mês, o que exige um sistema de gerenciamento de resíduos adequado.

Os resíduos líquidos gerados no processo fabril têm a principal origem na máquina de papel. Para tratá-los, a fábrica dispõe de uma estação de tratamento de efluentes (ETE), composta por clarificador, prensa de lodo, lagoa de aeração e lagoas de decantação. A ETE é monitorada por meio de análises em laboratório interno, o que definirá se o efluente está de acordo com os padrões ambientais vigentes, podendo, então, ter o fluxo direcionado para o Rio Negro, que tem seu curso próximo à fábrica.

As emissões atmosféricas são monitoradas nas chaminés das caldeiras, verificando teores de componentes como SO2, O2 e CO. Para as emissões atmosféricas também se deve respeitar os padrões ambientais.

Além disso, o sistema de gestão ambiental inclui a medição de odor e ruído em pontos limites da propriedade e outros fora dela, e também possui uma central de resíduos, onde é feita a compostagem do lodo da ETE, e um aterro próprio para as cinzas resultantes das caldeiras.

Dessa maneira, a empresa se expressa como exemplo no quesito sustentabilidade, preservando as condições ambientais, associadas às questões econômicas e sociais, dentro da própria empresa e nos seus arredores, para os moradores e trabalhadores.

Conforme afirma a acadêmica Jéssica Sloboda, do 4º período de Engenharia Ambiental, “a visita à Rigesa foi muito motivadora para os futuros engenheiros ambientais, pois provou que o desenvolvimento sustentável pode ser alcançado com êxito, sendo um modelo a ser seguido por todas as empresas”.

A importância dessa visita técnica destaca o contato que os acadêmicos têm com o futuro local de trabalho, pois visualizam, na prática, o que a teoria ensina em sala de aula. Desse modo, os acadêmicos cada vez mais motivados para aprendizagem, transformam-se em profissionais mais críticos e comprometidos com o homem e com o ambiente em que vivem.

por: UNIUV

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