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ARTIGO – Ele continua entre nós…
Como é importante o bom relacionamento, a capacidade de ouvir, de compreender e de buscar aparar as arestas criadas pelos menos avisados quanto à importância da amorização, no meio organizacional, na família, na sociedade.
Como aragem suave, a pessoa amiga passa, quase invisível, com seu sorriso, palavras ponderadas e bondosas, tornando a vida, no trajeto de sua convivência, mais leve e mais agradável, mais fácil de ser vivida.
A Uniuv contou, diariamente, por muitos anos, com a presença de pessoa de inestimável valor, semeadora de esperança e de paz. Sempre recebido com carinho, José Pedro Ramos não reclamava da sorte, sabia burilar as pedras do caminho, para que não ferissem o próximo.
Chegando à instituição, passava, setor por setor, para distribuir uma palavrinha, uma dose de bom astral, sem recriminar ninguém. Encontrando problemas, procurava dar soluções pacíficas. Ocupava, sem perceber, o papel das flores do nosso jardim: tornar mais bela, perfumada e colorida a vida.
Há dois anos, nosso amigo soube que estava doente, mas nem por isso abandonou seu modo de ser e de agir. Pelo contrário, mostrou-se tranquilo ante o tratamento, e, mesmo em licença de saúde, fez questão de frequentar sua amada Uniuv, de conversar e rir com todos os colegas, de preocupar-se com o vestibular, que sempre estivera sob sua tutela.
Antes de ir para Curitiba, para fazer radioterapia, peregrinou, mais uma vez, sem alarde, suavemente, por todos os setores. Era a sua leve despedida… sem sobressaltos… sem lágrimas.
E agora?
Ele se foi, mas ficou para sempre, deixando conosco um sentimento bom, a saudade de nosso líder relacional, exemplo para que o imitemos, como forma de gratidão pelo que fez por todos nós.
Encerremos com o poema Um instante, de Antônia Krapp, em homenagem ao Mestre José Pedro: “Não chore o ontem / Não espere o amanhã/ Faça o que merece fazer/ Olhe a estrela/ Escute a canção / Partilhe a história / Segure o precioso instante,/ Engrandeça-o!
Não haverá outro / A semente brotou / A terra mostrou a planta / O grão madureceu / A farinha se fez pão / O pão da vida, é vida! / A palavra, sustento, / Para o bem ou/ Para o mal!
* Mestre em Lingüística Aplicada, membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi) e da Academia de Cultura Precursora da Expressão (Acupre), professora de Língua Portuguesa, no Colégio Técnico de União da Vitória (Coltec), e nos cursos de Secretariado Executivo e Comunicação Social, e presidente do Conselho Editorial da Uniuv. Esclareça suas dúvidas. Mande sugestões para esta coluna pelo e-mail prof.fahena@uniuv.edu.br
por: UNIUV
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