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ARTIGO – Mais comprometimento, por um Brasil melhor

 

Jean Claude Obry escreveu Brasil meu amor – substituindo o jeitinho pelo talento.

Abre o livro com o poema de esperança, cuja última estrofe afirma:

“Oh, Brasil, meu amor! Tu és o melhor presente que eu poderia viver

Fazer parte do teu presente,

É fazer parte do que é para nós o

melhor país do mundo.”

Nascido na França, antes de escolher o Brasil para se fixar, Obry percorreu vários países. É dele a frase: “O brasileiro: a única solução do Brasil.”

Filósofo, pesquisador, humanista bem-humorado, crê que o Brasil tem um potencial para dar a todo povo uma vida saudável.

Concordamos que sempre há a esperança “que nos obriga a tentar mais uma vez”, e não desistir. E que um amor especial ao que é nosso, pode levar cada profissional a dar o melhor de si por seu país, mas é preciso seriedade no que se faz, em todas as áreas. E o que vemos hoje é um bom tanto de alienação. O jovem, devido à superoferta de formas de lazer e de informações, sabe de tudo um pouco, mas de forma superficial, vista aérea.

O adulto, em geral, oprimido pelo excesso de trabalho, lê pouco e compreende pouco a realidade nacional.

É incrível que muitas siglas de uso diário sejam desconhecidas pelas pessoas mais próximas às instituições a que se referem. É o que têm demonstrado alguns programas de televisão, com entrevistas rápidas a pessoas que ocupam cargos políticos e que precisariam manter-se bem informadas.

Grande parte da população se contenta em saber das coisas só por rádio e televisão. E, mesmo assistindo a notícias do mundo todo, não buscam saber mais sobre essas informações. Ouvem-nas sem particular reflexão ou motivação para leituras e novos conhecimentos.

Assim que, certa vez, peguei umas fotos de “famosos”, que aparecem nas revistas semanais e na televisão, recortei-as e apresentei-as a um senhor, meu conhecido, perguntando quem era cada um. Tive a triste constatação de desconhecia as pessoas, trocou nomes, demonstrou que, mesmo a televisão não marcava sua vida.

Isso é característica da hipermodernidade, imediatista e seguidora da moda, mas não é possível que nos conformemos com essa situação. Precisamos redescobrir o filão do comprometimento, do conhecimento aprofundado, do investimento necessário em educação e cultura. Como diz Obry: “[…] o uso e o desenvolvimento do talento cria e incentiva as estruturas essenciais do patriotismo, sem que se precise de guerra ou da morte em combate, ao contrário, é o fermento que faz uma sociedade se tornar coesa, dinâmica e com melhor qualidade de vida.”



*Mestre em Lingüística Aplicada, membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi), professora de Língua e Literatura nos cursos  de Secretariado Executivo e Comunicação Social, e presidente do Conselho Editorial da Uniuv.

Esclareça suas dúvidas. Mande sugestões para esta coluna pelo e-mail prof.fahena@uniuv.edu.br

Esse texto foi originalmente publicado na coluna Questões de Estilo, da edição impressa nº. 2.037, de 10 de abril de 2009.

por: UNIUV

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