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ARTIGO – Nóis casa e qué casa

A atriz e professora de teatro Cíntia Calegari, trabalhou, durante todo o ano de 2009. Às quartas-feiras, com um grupo de estudantes do Ensino Médio e dois universitários da Uniuv, com a peça teatral: Nóis casa e qué casa. Os primeiros encontros foram de preparação à arte da encenação.

Os personagens representam pessoas simples em sua festa de casamento, uma comédia. Nos diálogos transparecem suas aspirações e dificuldades de vida.

Dia 5 de novembro, o grupo fez duas apresentações, uma pela manhã, aos colegas do Colégio Técnico de União da Vitória – Coltec; outra à noite, aos acadêmicos de Secretariado Executivo, aos pais dos alunos do Coltec e a acadêmicos do Curso de Administração da Uniuv.

É interessante notar como esses estudantes evoluíram em autoestima e capacidade de expressão em público, a partir dos ensaios da peça.

O teatro é muito gratificante para quem assiste, e, muito mais apaixonante para quem o produz. Ele atinge a pessoa toda, com suas habilidades, personalidade, gestos, linguagem. Na escola, sem dúvida, é um precioso meio de desenvolvimento pessoal e precisa ser valorizado, tanto quanto a oratória ou outras formas de expressão oral. Por isso, projetos como esse, com a orientação de pessoas especializadas na arte cênica, têm grande valia. Com o teatro superam-se dificuldades como a timidez, o isolamento social, a inibição, da fala e de expressão.

Grandes palestrantes da atualidade têm incluído em seu currículo as práticas de teatro, o que lhes oferece a segurança quanto à empatia e ao domínio do público.

Além da oratória e da encenação teatral, o coral é também fonte de equilíbrio emocional, de autorrealização, e de manifestação do mundo interior, de forma estética agradável.

Entre os atores de Nóis casa e qué casa, dois sentem-se altamente vocacionados para esse campo da cultura, gostariam de tornar-se artistas, desenvolvendo todo seu potencial. Embora alguns pais tenham receio de que um artista profissional não venha a ser socialmente reconhecido, nem a ter o status almejado, é muito melhor que vejam seus filhos felizes, engrandecendo a sociedade atual, com seu trabalho, que frustrados, por não terem recebido apoio para a realização de seus sonhos.

É interessante observar que a sociedade é ambígua em sua posição: se um filho quiser ser artista ou religioso, cultivando seus valores mais autênticos, os pais ficam reticentes, mas, na verdade, sabem da importância dessas pessoas para trazerem mais oxigênio à existência; e são religiosos a e apreciadores das artes.

A revista Veja desta semana traz as profissões mais bem pagas, hoje, estando entre as campos: juízes, desembargadores, diretores gerais, médicos, engenheiros eletrônicos e engenheiros civis. Também revela que existe um salário inicial bem diferente do salário médio e daquele recebido pelos profissionais mais bem sucedidos em cada área. Um exemplo dado e o do jornalista ou do advogado, que pode iniciar ganhando R$ 1.500, passar à faixa dos R$ 3.000 e alcançar de R$ 200 a 250 mil. Mas o verdadeiro “brilho no olhar”, de alegria e satisfação pessoal vem quando a pessoa faz aquilo que concorda com seu modo de ser e de ver o mundo. É o melhor modo de melhorar o mundo – fazer bem feito aquilo que se sabe e de que se gosta de fazer.



*Mestre em Lingüística Aplicada, membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi), membro da Academia de Cultura Precursora da Expressão (Acupre), professora de Língua e Literatura nos cursos  de Secretariado Executivo e Comunicação Social, e presidente do Conselho Editorial da Uniuv.

Esclareça suas dúvidas. Mande sugestões para esta coluna pelo e-mail prof.fahena@uniuv.edu.br

Esse texto foi originalmente publicado na coluna Questões de Estilo, da edição impressa de 13 de novembro de 2009, do Jornal Caiçara.

por: UNIUV

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