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ARTIGO – Tempo, tempo, vasto tempo…



Ainda novinho, apenas um ano de idade, já participava do Contestado, colocando linhas telefônicas, construindo estradas e pontes em apoio às tropas do governo. Também participou de combates.

Muitas estradas foram feitas, graças a seu trabalho, no Paraná e em Santa Catarina (Matos Costa a Barracão; Curitiba a Capela da Ribeira; Curitiba a Joinville; Curitiba a Lages).

Em 1930, o Batalhão apoiou as tropas revolucionárias, mandando parte de seus homens para São Paulo. Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, apoiou as forças do governo, na fronteira entre São Paulo e Paraná.

Em 1943, o batalhão instalou-se em Porto União, em diversos acantonamentos e, em 1943, foi inaugurado o atual quartel. Portanto são já 66 anos que Porto União e União da Vitória convivem com essa conceituada Instituição. Ali, grande parte de nosso povo cumpriu ou cumpre o serviço militar, conquistando habilidades, conhecimentos, cidadania e muito patriotismo.

Durante a Segunda Guerra Mundial, contribuiu com 250 soldados para a organização da Força Expedicionária Brasileira (FEB).

Em 1957, passou a chamar-se 5.º Batalhão de Engenharia de Combate. Participou do Batalhão de Suez e, em 1964, com o movimento revolucionário de 31 de março, deslocou companhia para Marcelino Ramos.

Juarez Távora foi comandante por três vezes na Unidade de Porto União (1920, 1934, 1939). Daí ter seu nome ligado a ela. Já enviou forças de Paz para a Angola, na África. E agora vai ajudar a reconstrução do Haiti, destruído pela guerra civil. Missões de patrulha, reforma de creches, escolas, estradas e pontes, também fazem parte.

A partir de 1.º de março de 2005 foi transformado em 5.º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado, subordinando-se à 5.ª Brigada de Cavalaria Blindada, com sede em Ponta Grossa – PR. Trata-se de engenharia, pois ajuda na construção de pontes, estradas (entre outras ajudas solicitadas pelo povo em caso de calamidade) e, se necessário, em tempo de guerra. Engenho é inteligência, invento, criação de estratégias, no caso, aplicadas em tempo de combate, para atacar ou para se defender. É denominado de Blindado, porque suas tropas são movimentadas com a ajuda dos Blindados M 113.

Durante as grandes enchentes, vendavais e outras situações difíceis por que passamos, o 5.º BEC Bld esteve presente, com seu “braço forte e mão amiga”.

Quantas vezes, desde nossa infância, não assistimos aos desfiles militares de 7 de setembro, que tanto orgulho e confiança nos inspiram? O passo firme, o ritmo forte, o coração aquecido pelo amor ao Brasil, do qual somos parte. E os desfiles continuam, o amor também.

Nas formaturas de Ensino Médio e Superior, entre as autoridades, têm estado os militares, expressando seu apoio à juventude, sua esperança num Brasil melhor. Amor que significa enfrentar até a morte, se preciso for. Seu ideal é servir e proteger a Pátria e seus cidadãos. O militar é um homem-símbolo, representa todo brasileiro, encarna nossa brasilidade.

Nas Instituições de Ensino Superior, lecionando; nos esportes, incentivando e treinando times; nas agremiações culturais, nos eventos cívico-culturais, sempre contamos com lideranças militares. Na produção científica e literária também o militar marca presença. Lembro agora dos amigos Emerson Rogério de Oliveira, cronista de primeira, autor da obra de pesquisa histórica referente às Forças Armadas, Trincheiras Abertas (2007), Manoel Claro Alves Neto, poeta, um humanista, entre outros pesquisadores e cientistas.

Em suma, nossos amigos militares, em geral, estão longe, são transferidos com freqüência, para lugares distantes, onde se faz necessária sua atuação. Sua família é itinerante, percorre o País, passando dificuldades, com a variedade de climas e de costumes. Mas o militar não se queixa, é parte de seu desprendimento e compromisso com o Brasil. “Nós somos da Pátria a guarda, /Fiéis soldados, /Por ela amados /Nas cores da nossa farda/ Rebrilha a glória,/ Fulge a vitória.” Esses são os primeiros versos da Canção do Exército, e demonstram bem sua missão e atitude.

Está aberto um Concurso Literário, para os estudantes de todos os níveis, e conclamamos a juventude a participar, para conhecer melhor o 5.º BEC Bld, e, assim, poder compreender e admirar seu trabalho em nosso meio. Para informações sobre esse concurso, acesse o site da Uniuv: /mostra_noticia?num=380

*Mestre em Lingüística Aplicada, membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi), professora de Língua e Literatura nos cursos  de Secretariado Executivo e Comunicação Social, e presidente do Conselho Editorial da Uniuv.



Esclareça suas dúvidas. Mande sugestões para esta coluna pelo e-mail prof.fahena@uniuv.edu.br



Esse texto foi originalmente publicado na coluna Questões de Estilo, da edição impressa nº. 2.007, e na edição on-line nº. 507 do Jornal Caiçara, de 8 de agosto de 2008.

por: UNIUV

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