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CRÔNICA – Excursionar cultura
Sobretudo crêem que nem tudo está perdido, vazio, viagem, recheia, transpõe, instrumenta, compõe, designa nexo, perturba, enlouquece, aquenta, dignifica, enobrece, horas aborrece, mas não desmerece o riso, a coisa viva, sonhos cruzados, o peito em chamas, o brinde à existência, os encontros, o conversar, a comunicação.
Incrivelmente indescritível (e o indescritível descreve tão bem a perfeição dos detalhes, da cultura, da delirante junção de letras que faz insuperável a perfeição da língua, o encantamento da comunicação) que às vezes causa espanto, mas, principalmente seduz demais.
Procurando negar, superamos uma sorte grotesca, entre atrapalhos, chegamos ao ponto exato. Ouvidos – olhos atentos, grandes expectativas, deslumbrados e contentes, tentando desvendar a face do procurado, fascínios, fulgura, faísca, desmoronar velhos conceitos, o novo que petrifica por ser profundo e intenso, avalanche, pensamento, cultura, língua, boa música começam a reinar. Nos ali presentes alcançam a altivez merecida, despertou a fome de “si”, os olhos dilatados parecem trazer a pretensão de engolir o mundo.
Milton Nascimento, Fernando Morais, Marina Machado, Serginho, Trio Jobim, toda a alegria, multicores, multiexaltação, e conhecemos mais. E os desconheço na seqüência, para fazer brotar o novo, encontro este com o novo que nos salva, desta sorte que vira e faz mágica.
Castelo para guardar o impalpável, segurar a beleza – Museu – históricos e inovação, Era digital, controvérsias, cria outra visão, mais uma, captura novos apaixonados, admiradores da formosura, do contato, da comunicação e nunca paramos de nos encantar (incorrigível). Desarmados, despidos, decifrados diante a língua que, ao abrir-se ao mundo, espalha (há de sempre lançar) delicadeza, enraizar nas profundezas do macro, do muito, do maioral.
Reino de Graciliano Ramos, Manuel Bandeira, Clarice Lispector, muitos mais, raízes, origens, influências.
E mesmo que nosso reino seja menor, nosso castelo seja menor, nossa brasa, idolatria, paixão é a mesma: COMUNICAÇÃO, conexão, entretenimento, dom, doação, expressão.
Quem diria que um dia cada um de nós cairia de amores por tudo isso?
Mais uma vez me grita Clarice ao pé do ouvido: “Tem gente que goza pra fora, eu gozo pra dentro”.
* Acadêmica de Comunicação Social, Habilitação em Publicidade e Propaganda, do Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv).
por: UNIUV
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