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Jornalista compartilha experiências e dá dicas de diagramação no 7º Giro da Comunicação da Uniuv
Em um clima bem informal, o jornalista Eduardo Rafael Carpinski dividiu um pouco dos seus 10 anos de experiência como diagramador do Jornal O Comércio, de União da Vitória, com os 14 participantes da oficina de Planejamento gráfico em jornal, na segunda noite do 7º Giro da Comunicação. A oficina foi realizada em um dos laboratórios de informática do Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv), na quarta-feira, 11.
Formado pela Uniuv, em 2006, Carpinski optou por se dedicar exclusivamente à parte gráfica do jornal, desde o planejamento até sua aplicação no dia a dia. Outra opção do jornalista, às vezes até questionada por outros especialistas da área, é continuar trabalhando com o software PageMaker na versão 6.0. Segundo o diagramador, essa é uma versão tão simples do programa que acaba sendo complicada, pois não tem muitas ferramentas. Contudo, como ele já está bem acostumado, causa admiração em alguns profissionais, que questionam como é que ele consegue fazer tanta coisa com esse programa, principalmente nessa versão antiga. Atualmente, existem outros softwares no mercado, mais recentes e com mais recursos.
Segundo Carpinski, o desafio de manter o padrão planejado é diário e agradar aos leitores também. Lembrou quando colocou em prática um projeto gráfico utilizando fontes serifadas, ou seja, com pequenos traços e prolongamentos que ocorrem no fim das hastes das letras, tidas como mais agradáveis para a leitura, e recebeu tantas reclamações dos leitores, que teve de mudar o planejamento. Dessa forma, o feedback dos leitores é muito importante, pois é para eles que o jornal é feito.
Para Carpinski, as sugestões dos repórteres responsáveis pelas matérias e fotos só enriquecem o seu trabalho. Além disso, a revisão dos textos do diário é feita pela equipe, um revisa o texto do outro, e o diagramador prefere não alterar o que chega para ele distribuir nas páginas do tablóide. “Tenho costume de não corrigir as matérias que chegam até mim. Elas já chegam prontas, pois uma vírgula colocada de forma diferente pode mudar a compreensão do fato pelos leitores”, afirma.
Para os participantes da oficina, Carpinski propôs como desafio copiar o layout de algum jornal, tentar reproduzir todos os elementos gráficos utilizados. Ele deu algumas das dicas de como fazer, mas o desafio proposto é maior, pois os interessados em seguir esse caminho devem buscar aperfeiçoamento contínuo, estudar por conta própria o software que pretendem utilizar e buscar constantemente referências novas. Ele, por exemplo, acompanha jornais de vários países, para aumentar seu repertório. Os jornais que mais chamam sua atenção são os alemães, devido a algumas peculiaridades, como tamanho do papel e número de colunas.
por: UNIUV
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