1 – Quais os principais desafios na gestão da qualidade no setor madeireiro?

Miriam – Na minha opinião, o maior desafio é trabalhar a  cultura organizacional voltada a qualidade. Ainda está muito arraigada a questão da produtividade em detrimento a qualidade. Metas de produtividade devem ser alcançadas, portanto os retrabalhos são atividades inerentes ao processo. Deixar claro aos gestores que retrabalho é sinônimo de não qualidade. Por isso, atividades devem ser estudadas e formatadas de tal maneira que garantam que o padrão estabelecido para produtos ou serviços sejam cumpridos dentro da organização. Todo produto ou serviço com qualidade melhora o desempenho da empresa, redução de custos, garantindo que a empresa possa estar atuante nesse mercado competitivo.

Outro desafio para ao setor madeireiro são os investimentos em tecnologia, automação, de forma a melhorar a capacidade das máquinas e atrelado a esta aquisição, o treinamento, desenvolvimento dos profissionais que irão operar esses equipamentos. De nada adianta ter novos equipamentos se não houverem pessoas qualificadas para operá-las.

2 – Quais os principais efeitos de um sistema de gestão de qualidade bem organizado na produtividade da empresa?

Miriam – Os principais efeitos para a produtividade da empresa são: Redução do retrabalho e reparo nos produtos e/ou serviços, visto que as atividades são padronizadas e os profissionais devidamente treinados para realização das atividades.

Uma vez que o número de retrabalhos diminui, o resultado final será um maior número de produtos conformes, melhorando a qualidade e aumentando a produtividade.

Os profissionais são devidamente orientados e sabem o que devem fazer. Suas tarefas são devidamente planejadas.

3 – É muito caro investir em um sistema de qualidade?

Miriam – Se o executivo pensar na questão custo/benefício, o investimento se faz necessário e a palavra caro, não será mais relevante.

4 – A certificação é garantia de novos negócios?

Miriam – Se a fatia de mercado almejada tem como exigência a certificação do SGQ, certamente a empresa estará participando da rodada de negócios, caso contrário está fora da negociação.  A certificação é somente um pré requisito. Outras variáveis como o preço, serão discutidas com o comprador.

5 –  Qual o primeiro passo para uma indústria que queira adotar um sistema de gestão da qualidade?

Miriam – Tudo começa pela cultura da qualidade. Os primeiros a evidenciarem essa cultura são os executivos, a alta direção da empresa. Uma vez comprometidos com o sucesso do projeto, liberando recursos, pessoas, participando ativamente das tarefas, as outras etapas poderão ser levadas adiante como:  a escolha do coordenador da qualidade, a contratação de uma consultoria se aplicável, elaboração de um cronograma de trabalho, sensibilização dos profissionais para a qualidade , padronização dos processos, preparação e realização das auditorias e manutenção do SGQ.

6 – Como um engenheiro industrial da madeira pode atuar no desenvolvimento de uma indústria?

Miriam –O Engenheiro Industrial da Madeira planeja, executa, mede e monitora processos industriais de forma a garantir o melhor aproveitamento da m

por: Lúcio Passos