O Centro Universitário de União da Vitória (UNIUV) têm novos mestres e doutores. Os professores Fernando Gohl, Edinei Wassoaski, Julliana Biscaia e Telange Alves Neto foram titulados mestres e Gisele Dias, Fabrício Rutz, Thays Costa e o vice-reitor Lúcio Passos, são doutores.

Em agosto, Gohl apresentou sua dissertação com o título “Murocromia: Conflitos e apropriações entre pichação, grafite e propaganda no espaço urbano”. Segundo Gohl, durante o mestrado Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), foi necessário frequentar cinco disciplinas obrigatórias dentro da sua linha de pesquisa, que era processos midiáticos e práticas comunicacionais, além de duas disciplinas optativas. “Além das disciplinas, cada professor exige um trabalho de conclusão da disciplina, normalmente um artigo. Você também deve estar vinculado a um grupo de estudos por dois anos, apresentar seus artigos em congressos nacionais e internacionais e publicar dois artigos em revistas da área. Além da dissertação, que deve passar pela qualificação e banca pública de defesa”, explica Gohl. A escolha do foco de sua dissertação se deve ao fato de o  MuroCromia ser um projeto de extensão existente na UNIUV através do PIPA.

A professora Thays, do colegiado de odontologia, concluiu seu doutorado na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), e desenvolveu seu trabalho com estudos laboratoriais e pesquisa clínica. “O tema trabalhado foi Restaurações de resina composta bulk fill em dentes posteriores, variando a forma de inserção (incremental ou incremento único). O tema extremamente atual e tem necessidade de divulgação dessa nova classe de material disponível no mercado nacional, pois quando iniciei a pesquisa, só estava disponível para compra no exterior”, conta.

Edinei Wassoaski, coordenador do curso de Jornalismo, concluiu seu mestrado na UTP, em Comunicação e Linguagens e estudou em sua dissertação o comportamento dos jornais O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e O Globo durante o primeiro turno das eleições de 2014. Para Wassoaski, não só a instituição, mas os acadêmicos ganham muito com o aperfeiçoamento dos professores. “Todos ganham com cursos cujos professores procuram aperfeiçoamento: a instituição, o próprio professor e, principalmente, os acadêmicos, que terão um professor sintonizado com o que se está estudando dentro de sua área, apto a repassar esse conhecimento aos seus alunos”, relata.

A professora Gisele Dias, também doutoura pela UEPG, trabalhou com o tema Efeito da dolomita e da caseína. “Em odontopediatria, a área em que atuo, trabalha-se muito com a remoção parcial de tecido cariado pelas características anatômicas e fisiológicas do dente decíduo. Desta forma, quaisquer estudo que envolva tratamento deste remanescente desmineralizado é de vital importância”, explica. Os objetivos de Gisele após concluir o doutorado são publicar os artigos de sua tese e se esmerar ainda mais na orientação dos seus alunos em seus TCCs, com vistas às futuras publicações.

O vice-reitor, Lúcio Passos, é doutor pela UTP e sua tese foi sobre O surgimento do fotojornalismo no sul do Paraná a partir das fotografias da Guerra do Contestado. Para Passos o grande diferencial para a instituição e acadêmicos não se dá somente pela titulação, mas pela densidade da pesquisa que se reverte em conteúdo na sala de aula, seja no ensino médio, graduação ou pós. “Uma pesquisa de doutorado exige muita dedicação e é natural que os resultados sejam compartilhados ao longo do tempo contribuindo para uma formação mais sólida do estudante. Pretendo seguir estudando, buscando o pós-doutorado, publicações, e contribuir para que a UNIUV se torne uma referência no ensino superior”, expressa.

Rutz, também do colegiado de odontologia, concluiu seu doutorado na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), que pertence à UNICAMP. “A FOP é uma das mais conceituadas escolas de odontologia do Brasil e do mundo. Trata-se de um curso gratuito, porém exigiu que eu morasse em Piracicaba, por este motivo toda semana viajava de Piracicaba até União da Vitória, dava aulas e voltava para Piracicaba, perfazendo um total de 26h de ônibus semanalmente. Tínhamos aulas diariamente para cumprir os créditos e, além disso, ficávamos na clínica de graduação, aperfeiçoamento, especialização e no plantão”, diz. 

Para Rutz, o título de doutor é uma grande conquista para ele e a para a UNIUV, pois fortalece o ensino da graduação ainda mais e possibilita voos mais altos na pesquisa. “Poucas faculdades têm um corpo docente com o número de doutores e doutorandos que o curso de Odontologia da UNIUV tem. Além disso, temos doutores nas mais renomadas universidades do Brasil, o que mostra a qualidade do nosso curso”, exalta.

Julliana Biscaia, coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda, optou em cursar o mestrado em São Paulo, na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). “Fui em busca de conhecimento na escola que melhor prepara o profissional de publicidade e propaganda, com o objetivo de trazer o conhecimento de um grande centro para os acadêmicos da UNIUV. E para isso tive que me adaptar com a dinâmica do curso. As aulas/atividades programadas obrigatórias aconteciam de segunda a quinta, o que durante um semestre me fez viajar duas vezes na semana para São Paulo.  O diferencial do programa é a temática investigada: é o primeiro e único PPGCOM brasileiro inteiramente dedicado ao estudo da interface entre comunicação e consumo e das relações a ela articuladas”, expõe.

O mestrado qualifica os professores como pesquisadores, com o objetivo de desenvolver seu campo de atuação. “O mestrado estimula a pesquisa científica e prepara o professor, que na maioria dos casos tem a formação de bacharel, para o desenvolvimento do trabalho científico. Com este aperfeiçoamento o colegiado propõe um ensino qualificado para nossos acadêmicos. Futuramente pretendo cursar uma pós-graduação, para atualização do meio profissional e na sequência o curso de doutorado”, conclui Julliana. 

Na UNIUV existe o Programa de Formação Continuada, em que a instituição fomenta as especializações, cursos de mestrado e doutorado, incentivando a atualização constante dos professores.

por: Bruna Wagner – Doing/Agexcom